sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sobre o ato de agredir ou de como a sensibilidade nos prega peças

Eu sempre me considerei um cara sensível. Sempre me importei bastante com a opinião alheia (apesar de disfarçar isso ao extremo). Reconheço que a opinião dos outros me afeta.

E sei que a minha opinião pode afetar outras pessoas. Mas daí a parar de expressar é um pouco demais.

Hoje cedo assisti os 2 treinos livres da F1. Transmissão do SporTV. E o costumeiro e divertido follow up da transmissão com o Twitter ativo, pois além de recebermos informações valiosas de experts do mundo todo recebemos também as piadas e comentários jocosos de fãs ao redor do planeta, ao mesmo tempo em que do conforto de casa estamos em contatos com outras pessoas que compartilham nossa paixão por esse esporte. E, cara, como isso e legal.

Esse final de semana, GP de Cingapura, cobertura do Papaya Orange está sendo minha. Estou acompanhando mais de perto, estudei a história do GP, as demandas técnicas específicas, ouvi podcasts e etc. Em um certo momento da transmissão, comentei o seguinte no Twitter e recebi essa resposta:


Eu estava me referindo a alguns momentos em que eles trocaram nomes dos pilotos e fizeram previsões de tempo de volta equivocadas. O @danielpereirajr da resposta é o narrador da F1 neste fim de semana no SporTV. Respondi a ele (acho que com educação) e olha o naipe da resposta que recebi:


Apesar de ter a malícia para saber o que estava por vir (afinal já tinha visto alguns outros fãsde F1 serem grosseiramente abordados no Twitter pelo narrador), eu dei a resposta sobre o que realmente eu tinha me referido no primeiro Tweet achando que iria desarmar o cara com uma resposta construtiva (eu poderia ter acrescentado muita coisa, já que a transmissão e reconhecidamente fraca e muito questionada em comunidades dedicadas a F1 em redes sociais).

Retruquei ainda tentando manter a serenidade:


Junto com aquela primeira resposta lá de cima ele me mandou "largar as fraldas" ou algo do tipo, talvez achando que eu fosse algum garotinho com quem ele costuma a se trocar no Twitter.

Bem chato ter que falar pro cara que acompanho a F1 por mais de 25 anos e escrevo a respeito por uns 4 anos. Enfim, essas mensagens foram trocadas. Mas eu fiquei puto e mandei essa aqui pro SporTV:


talvez não tenha nada a ver, mas depois dessa, ele veio mais manso dizendo que eu (sim...eu) tinha sido agressivo por falar que a opinião deles era esdruxula e por falar que eles não tinham conserto.

Agora dá uma lida nos meus tweets e procura algum momento em que eu disse isso?

Até dei uma força explicando para ele que esdrúxulo significa apenas estranho (assim como estapafúrdio, que foi o adjetivo que usei). E reafirmei que nunca havia dito que eles não tinham conserto (e que eu havia dito o contrário). Também disse que ele havia me confundido com um TROLL e aparentemente ficou tudo bem.

Mas caras...

Quem essa galera pensa que é? Ninguém pode criticar mais ninguém? Caramba, uma crítica técnica deveria ser bem recebida. Feedback é uma coisa valiosa e deveria ser bem utilizada. Agredir um consumidor do seu produto não e nada inteligente. Antes, o cliente sempre tinha razão...

SporTV, fica a dica: código de conduta para seus funcionários em redes sociais.

Um comentário:

Silvia Whatever disse...

Talvez ele desconheça o significado de "arrogante", além de "esdrúxulo/estapafúrdio".

Também tenho muitas saudades dos bons tempos quando o cliente sempre tinha razão... agora parece que ninguém tem razão nunca. :D